sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

CARTA DO 4º ENCONTRO REGIONAL SUL DA RBTR

Cortejo de abertura do 4º Encontro Regional Sul da RBTR

CARTA DO 4º ENCONTRO REGIONAL SUL DA RBTR

Os artistas trabalhadores e grupos da região sul – RS, SC e PR, articuladores da Rede Brasileira de Teatro de Rua reunidos em Londrina – PR, entre os dias 14 e 15 de dezembro de 2013, realizaram o 4º Encontro de Teatro de Rua da Região Sul - RBTR, reafirmando a missão de lutar por políticas públicas culturais com investimento direto do Estado em todas as instâncias: Municípios, Estados e União, endossando, ainda, a luta por um mundo socialmente justo e igualitário.
Em busca do aperfeiçoamento dos sonhos dos articuladores da Rede, a programação do 4º Encontro de Teatro de Rua da Região Sul contou com um cortejo/apresentações pelo centro da cidade e plenárias realizadas nas Vilas Culturais Casa do Teatro do Oprimido e Alma Brasil, esta última tendo sediado também o Sarau Cultural que finalizou o evento.
Este encontro foi organizado pelo MARL – Movimento dos Artistas de Rua de Londrina, movimento este formado por grupos culturais de diversas linguagens: teatro, música, grafite, rap, intervenções audiovisuais, artesanato, cultura popular, entre outros. Surgiu no ano de 2012 com o objetivo de articular os artistas de rua da cidade, alertando à necessidade de políticas públicas para as artes públicas.
A Rede Brasileira de Teatro de Rua, criada em março de 2007, em Salvador/Bahia, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo. Todos os artistas-trabalhadores e grupos de rua e afins pertencentes a ela podem e devem ser seus articuladores para, assim, ampliar cada vez mais suas ações e pensamentos.
Os articuladores da região sul pertencentes à Rede Brasileira de Teatro de Rua, com o objetivo de construir políticas públicas culturais mais democráticas e inclusivas, defendem:

• A criação de programas de ocupação de espaços públicos, para sede dos grupos de pesquisa e trabalho continuado, tornando-se centros de referência para as artes de rua;
• Manutenção, aprimoramento e permanência de espaços públicos que já possuem ocupação de grupos de pesquisa através de comodato e/ou convênios;
• Que as instâncias públicas e privadas respeitem a tradição de “passar o chapéu” nas apresentações dos artistas de rua, independente de haver ou não subvenção para a realização do espetáculo;
• Representações das artes de rua nas comissões regionalizadas dos editais públicos, colegiados setoriais e conselhos das instâncias municipal, estadual e federal;
• Imediato aumento do aporte de verbas para a Lei de Fomento de Porto Alegre - RS e o Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC) da cidade de Londrina – PR, bem como a criação de novas leis em outros municípios dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná;
• Garantir a remuneração dos membros da comissão avaliadora dos projetos do PROMIC, em Londrina – PR;
• Assegurar pelo menos 1% do orçamento dos municípios para a cultura;
• A extinção de todas e quaisquer cobrança de taxas, bem como a desburocratização para as apresentações de artistas-trabalhadores, grupos de rua e afins, garantindo assim o direito de ir e vir e a livre expressão artística, em conformidade com o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira;
• Imediata aprovação da Lei dos Artistas de Rua nas cidades de Londrina – PR e Florianópolis – SC;
• Aprovação e regulamentação imediata da PEC 150/03, atual PEC 147, que vincula para a cultura o mínimo de 2% do orçamento da União, 1,5% do orçamento dos Estados e Distrito Federal e 1% dos orçamentos dos municípios;
• Extinção da Lei Rouanet e de quaisquer mecanismos de financiamento que utilizem a renúncia fiscal;
• A utilização da verba pública através do financiamento direto do estado, por meios de programas e editais, em formas de prêmios, elaborados pelos segmentos organizados da sociedade;
• A criação de programas específicos em nível municipal, estadual e federal que contemplem: produção, circulação, formação, registro, documentação, manutenção e pesquisa, mostras e encontros para as artes de rua e mérito artístico na capital e interior dos estados;
• Aumento da participação dos espetáculos de rua em festivais consolidados como: Porto Alegre Em Cena (RS), Caxias em Cena (RS), Floripa Teatro - Isnard Azevedo (SC), FITA Floripa (SC), Festival de Teatro de Curitiba (PR), Festival Internacional de Londrina - FILO (PR), FENATA (PR), entre outros, com objetivo de promover o intercâmbio e a troca de experiências entre os artistas;
• Que os espaços públicos (ruas, praças, parques, entre outros), sejam considerados equipamentos culturais e assim contemplados na elaboração de editais públicos e no Plano Nacional de Cultura;
• Que os editais para as artes sejam transformados em leis para garantia de sua continuidade, fomentando também o intercâmbio entre companhias de diferentes cidades;
• Que os editais Myriam Muniz e Artes na Rua sejam publicados no primeiro trimestre de cada ano com maior aporte de verbas e que seja publicada a lista de projetos contemplados e suplentes, além da divulgação de parecer técnico de todos os projetos avaliados;
• Que os editais sejam regionalizados e sejam criadas comissões igualmente regionalizadas, tendo ainda a atribuição de acompanhar o projeto até sua finalização com os respectivos pareceres;
• Que as estatais contemplem com equidade em seus editais as artes de rua, respeitando o critério de regionalização; 
• Apoio financeiro do Ministério da Cultura, através das suas secretarias e fundações vinculadas, aos Encontros de Teatro de Rua;
• Criação de Fundos Estaduais, com distribuição das verbas de forma equânime entre as cidades;

O Teatro de Rua é um símbolo de resistência artística, comunicador e gerador de sentido, além de ser propositor de novas razões no uso dos espaços públicos abertos. Assim, reafirma-se o dia 27 de março, dia mundial do teatro e dia nacional do circo, como o dia de mobilização nacional por políticas públicas, e conclamam-se os artistas-trabalhadores, grupos de rua e afins e a população brasileira a lutarem pelo direito à cultura e à vida.

“Um Artista de Rua faz mais que um Ministro da Cultura” – João Pé-de-chinelo – Grupo Manjericão.

Vila Cultural Alma Brasil, Londrina, PR - 15 de dezembro de 2013.



Os articuladores de Santa Catarina (Jéssica Faust) e Rio Grande do Sul (Márcio Silveira) juntamente com Rafael de Barros, um dos articuladores do MARL.

Nós da RestaNóis Cia Livre de Teatro nos sentimos muito orgulhosas da articulação do sul do Brasil pois entendemos que esse contato é fundamental para garantir políticas públicas de qualidade para nossa arte que é PUBLICA, que é VIVA e que RESISTE!

Estamos juntos!!

E que venha o Encontro Nacional da RBTR em março de 2014!!!


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

NÓIS TÁ DE VOLTA!


Nóis tá de volta!

Depois de uma circulação frenética e deliciosa, seguida de uma folga merecida e depois muito trabalho pra botar a casa em ordem de novo, nós estamos de volta à Floripa com uma apresentação cheia de novidades, emoções e sacanagem alegria!

Quem for vai ver, quem não for, vê depois, e quem não for ver depois vai cair a bunda!

O QUE? Apresentação do espetáculo de rua Conto de Fadas
QUANDO? 23 de novembro de 2013, às 11h11
ONDE? Esquina democrática (esquina das ruas Felipe Schimidt com Deodoro), no centro de Floripa.

Chama a vizinhança, leva as crianças, a véia, o marido pançudo, o cachorro e vai aproveitar o sábado!

Esperamos vocês!

Há braços das que Restam!



terça-feira, 1 de outubro de 2013

3º Ospália Encontro de Palhaços.




E os ventos do riso sopram em direção a Brusque! Entre os dias 14 e 20 de Outubro a cidade receberá o 3º Ospália Encontro de Palhaços.

São sete dias de muita alegria e diversão!

Confira a programação:

De 14 a 20 de outubro de 2013

Oficina de Circo – Tenda Cultural – L
Dias: 14, 15 e 16/10. 

Hora: 20h às 21h. 
Inscrição: R$ 100,00
Ministrante: Ruy Bartholo Jr. (Circo Oliver Carminatti - Brusque)

Oficina de Teatro de Rua – Fundação Cultural/Praça da Cidadania
Dias: 14, 15, 16, 17 e 18/10. 

Hora: 13h às 17h.
Inscrição: R$ 20,00
Ministrante: Rafael Nagel (Ospália - Itajaí) 



Dia 19 de outubro de 2013

10h – Palhaceta – L (gratuito)
Local: Saída Praça da Cidadania até Praça Barão de Schneeburg

15h – Picadeiro em Debate (mesa redonda sobre circo)
Local: Tenda Cultural – L (gratuito)
Com Mayara Voltolini, Álvaro Telmo de Oliveira, Didi Maçaneiro, Láercio Amaral e Eudez Pavesi.

Mediação: Charles Augusto.

20h – Pré-estreia do espetáculo Estapafúrdio (Ospália - Itajaí)
Local: Tenda Cultural – L (gratuito)

22h - Trio Forró Brasil com Bruno Moritz, Didi Maçaneiro e convidado
Local: Let´s Bar (Rua do Centenário – Centro. Couvert artístico R$ 10,00)



Dia 20 de outubro de 2013

15h – A Incrível História do Rei Lear (Sinos Cia de Teatro e Coletivo Shakespeare Livre- Blumenau)
Local: Praça Sesquicentenário – L (gratuito)

19h – Cabaré Ospália com grupos e artistas convidados:
Palhaço Magrelin (Guabiruba), Circus Fever (Florianópolis), Clã de Nobres Arteiros (Palhoça), Ensamble P.A. (Balneário Camboriú) e Cia Andante (Itajaí).

Protesto pela reabertura da Escola Livre de Teatro de Santo André termina com artistas agredidos.

Por Miguel Arcanjo Prado
Um protesto de mestres e aprendizes da Escola Livre de Teatro (ELT) marcou a cidade de Santo André, no ABC paulista, neste domingo (29).
Os professores e alunos da tradicional instituição de ensino teatral protestaram contra o fechamento arbitrário da escola na última sexta (27).
Os manifestantes seguiram até o Paço Municipal, com o objetivo de falar com o prefeito Carlos Grana (PT) e o secretário de Cultura do município, Raimundo Salles.
Contudo, a manifestação terminou em confusão em frente ao Paço Municipal, onde havia o evento de abertura da Caminhada da Primavera de Cultura de Paz.
Apesar do nome do evento, mestres e aprendizes da ELT foram agredidos por seguranças. Além de muitos palavrões preferidos contra os artistas, também houve socos e empurrões, apurou o R7.
O site da Prefeitura de Santo André cobriu a "caminhada de cultura e paz", mas omitiu a manifestação dos alunos da ELT, bem como a confusão. Procurada pelo R7, a Prefeitura de Santo André não se manifestou até o momento.
A reportagem apurou que o prefeito Carlos Grana deve receber representantes da ELT nesta terça (1º).
"É inacreditável o que está acontecendo com a ELT", diz ator Celso Frateschi
O fechamento da Escola Livre de Teatro segue repercutindo na classe artística. O presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, Rudifran Pompeu, divulgou carta aberta ao prefeito de Santo André, Carlos Grana. Nela, afirma que “querem acabar com a ELT porque ela é uma escola singular nas artes cênicas e que não tem objetivo de formar celebridades”.
O ator Celso Frateschi, que dirige o Teatro da USP, o Tusp, e também atua na minissérie José do Egito (Record), na qual interprete Jacó, também demonstrou sua indignação com o que vem acontecendo. “É inacreditável o que está acontecendo com a ELT”, declarou o ator, que sempre foi ligado ao PT. Ainda de acordo com Frateschi, a “ELT é hoje referência nacional em ensino de teatro”.
— Todos sabem que sou petista, mas não consigo mais não expressar meu espanto e desacordo com atos como esse absurdo que estão fazendo em Santo André com a Escola Livre de Teatro.
Tiche Vianna, do Barracão Teatro de Campinas e vice-presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, também se manifestou em carta aberta. “Peço que esta Secretaria de Cultura, com total respaldo da Prefeitura, reveja sua atitude e reinstaure a dignidade do ensino da arte teatral, assegurando, definitivamente, a permanência do projeto pedagógico da Escola Livre de Teatro em Santo André”.
Kil Abreu, crítico e curador de teatro do Centro Cultural São Paulo, e que trabalhou por quase dez anos na Escola Livre de Santo André, também lamenta tudo o que se passa com a Escola Livre de Teatro.
– A ELT é uma referência nacional e internacional em pedagogia teatral em bases autônomas. A escola vem sofrendo sucateamento há um tempo. A Escola não é um negócio de ocasião, moeda de troca nos planos de governabilidade. Tem uma história de mais de 20 anos de contribuição com a cultura brasileira.


ESTAMOS JUNTAS NESSA LUTA!

1º Festejo Mundial em Rede

Ontem, dia 30 de setembro, aconteceu o 1º Festejo Mundial em Rede - ENCONTRO DE CAIXEIROS.

O encontro foi uma homenagem aos 24 anos do Teatro Lambe-Lambe e contou com apresentações em diversos lugares do Brasil: Brasília -DF, Itajaí - SC, Jaraguá do Sul - SC, Porto Belo - SC, Florianópolis - SC, Joinville - SC, Salvador - BA,  Garanhuns - PE, Belo Horizonte - MG, Porto Alegre - RS, Rio de Janeiro - RJ, Ribeirão Preto - SP, São Paulo - SP.

Contando também com apresentações em outros países como Uruguai, Chile, Inglaterra e França.

O pontapé inicial para o Festejo acontecer foi dado pela Cia andante produções artísticas.


Caixeiros de Itajaí. Click de Beto Bocchino.


Parabéns a todas (os) que fizeram parte desse maravilhoso encontro!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013


CARTA DO RAMAL HISTÓRIA ENCANTADA – ACRE/RIO BRANCO


"Nós, povos indígenas, fomos os primeiros, e agora somos derradeiros ao ser ouvidos pelos governantes do Brasil no que diz respeito às leis e às declarações universais dos povos indígenas e à própria Constituição Federal, que garante os costumes, rituais e demarcações da terra indígena." (BAINAWÁ, articulador, da comunidade Huni-Kuin)

A Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR), criada em março de 2007 em Salvador/BA, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo. Todos os grupos de teatro,  trabalhadores(as) da arte, pesquisadores(as) e pensadores(as) envolvidos  com o fazer artístico de rua, pertencentes à RBTR, podem e devem  ser seus articuladores(as) para, assim, ampliar e capilarizar,  cada vez mais, reflexões e pensamentos, com encontros, movimentos e ações em suas localidades.
O intercâmbio da RBTR ocorre de forma presencial e virtual, entretanto toda e qualquer deliberação é definida por consenso nos encontros presenciais. Os seus articuladores realizam  dois encontros anuais em diferentes regiões brasileiras, contemplando as várias regiões do país. Articuladores e coletivos regionais de todos os estados deverão  organizar-se para garantir a sua participação nos encontros,  e dar continuidade as ações iniciadas nos Grupos de Trabalho (GTs), a saber: 1) Política e Ações estratégicas; 2) Pesquisa;  3) Colaboração artística; 4) Comunicação.
A RBTR reunida de 27 à 31 de agosto de 2013, no Ramal História Encantada, na cidade de Rio Branco/Acre, no XIII Encontro, reafirma sua missão de:

·         Lutar por um mundo socialmente justo e igualitário que respeite as diversidades;
·         Contribuir para o desenvolvimento das artes públicas, possibilitando trocas de experiências artísticas e políticas entre os articuladores da RBTR
·         Lutar por políticas públicas para as artes públicas com investimento direto do estado, por meio de fundos públicos de cultura, estabelecidos em leis e com dotação orçamentária própria através de chamamentos públicos, prêmios e processos transparentes com comissões paritárias eleitas por sociedade civil, garantindo assim o direito à produção e o acesso aos bens culturais para todos os brasileiros;
·         Lutar pelo livre uso e acesso aos espaços públicos garantindo a pratica artística e respeitando as especificidades dos diversos segmentos das artes públicas, em acordo com o artigo V da constituição brasileira que no nono inciso diz "é livre a expressão da atividade intelectual artística, científica e de comunicação independentemente de censura ou licença.

Os articuladores(as) da RBTR, com o objetivo de exigir políticas para as artes públicasdefendem:
·         A criação de leis de fomento para o teatro de rua que assegurem produção, circulação, formação, trabalho continuado, registro e memória, manutenção de grupos, pesquisa, intercâmbio,  vivência, mostras e encontros de teatro; levando-se em consideração as especificidades de cada região;
·         Aprovação imediata da lei federal 1096-2011 que regulamenta as manifestações culturais de rua em tramitação no congresso nacional, bem como a extinção de todas e quaisquer repressões, cobranças de taxas e excessivas burocracias para as apresentações dos trabalhadores da arte de rua pelo país;
·         A criação de um projeto de lei para a ocupação de prédios, terrenos e outros  imóveis públicos ociosos transformando-os em sedes de grupos artísticos ou espaços culturais e comunitários que atendam a função social da arte como direito público, bem como a permanência e  legitimidade dos espaços já existentes;
·         A publicação dos editais no âmbito federal no primeiro trimestre de cada ano, com maior aporte de verbas e que estas sejam liberadas sem atrasos, respeitando-se os prazos estipulados pelo edital, bem como a divulgação de um parecer técnico de todos os projetos avaliados pela comissão, juntamente com a  lista de contemplados e suplentes;
·         Que os editais do governo federal sejam estruturados de forma que cada estado seja contemplado com um edital específico, respeitando as particularidades do mesmo, inclusive observando a necessidade de composição de comissões paritárias, indicadas pela RBTR e pelos movimentos artísticos organizados;
·         Que sejam respeitadas a representatividade, as indicações e deliberações do teatro de rua nos colegiados setoriais e conselhos das instâncias municipais, estaduais, distrital e federal;
·         A aprovação e regulamentação imediata da PEC 150/03, atual PEC 147, que vincula para a cultura o mínimo de 2% do orçamento da União, 1,5% do orçamento dos Estados e Distrito Federal e 1% dos orçamento dos municípios;
·         A criação de uma legislação de contratação específica para a cultura, uma vez que a lei 8.666/93, que trata das licitações e contratações no âmbito governamental, não contempla as singularidades da área cultural, como cooperativas, associações ou instituições sem fins lucrativos;
·         A extinção da Lei Rouanet e de quaisquer mecanismos de financiamentos que utilizem a renúncia fiscal, rejeitando portanto a sua reforma, o Procultura, por compreendermos que a utilização da verba pública deve ocorrer por meio do financiamento direto do Estado, através de programas em forma de prêmios e leis elaboradas pelos segmentos organizados da sociedade;
·         A inclusão nas matrizes curriculares das instituições públicas de ensino de teatro a nível técnico e superior, de disciplinas voltadas especificamente para a cultura popular brasileira, o teatro de rua e o teatro da América Latina;
·         O financiamento público de publicações e estudos específicos sobre o teatro de rua e a cultura popular, como meio de registro, valorização  e respeito às suas formas e saberes, assim como sua ampla distribuição;

Os articuladores(as) da RBTR, repudiam:

·         A ação da Senhora Ministra da Cultura Marta Suplicy de destinar recursos públicos para projetos que visam interesses privados e sem a aprovação da CNIC, vide exemplo ocorrido no segmento da moda que previa  ações de interesses privados e fora da esfera nacional;
·         O Mega Evento Copa do Mundo de 2014 e a Lei Geral da Copa, que fere os princípios constitucionais do país, bem como o lançamento do Programa Cultura 2014, que prevê a seleção nacional de propostas para a realização de atividades culturais nas 12 cidades sedes dos jogos de 2014 (carta de repúdio em anexo);
·         A realização de novas conferências municipais, estaduais e nacional de cultura, gerando custos para a sociedade civil, já que a maioria das prioridades votadas nas conferências anteriores não foram atendidas, a exemplo do custo amazônico, votada ca Conferência Nacional como prioridade número um;
·         A ação violenta das igrejas e seus missionários, que historicamente massacram, exterminam e destroem, dentro dos territórios  indígenas, qualquer prática, costume ou tradição cultural desses povos que não sejam coerentes com as suas doutrinas religiosas;

Hoje, dia 31 de agosto de 2013, no XIII Encontro da RBTR, foi criada a PUIPISÍ - Rede Acreana dos Movimentos Populares de Rua e Floresta, que reúne grupos artísticos, seringueiros, povos indígenas, comunidades de agricultura familiar e comunidades ribeirinhas no estado do Acre, tendo como uma de suas premissas a proteção e defesa de suas florestas, patrimônios vivos culturais dos amazônidas e o intercâmbio cultural com os países da América Latina.
Entendemos cultura como um espaço ampliado que engloba nossas matas, nossos povos, nossos meios de produção e nossos costumes e exigimos o fortalecimento desse movimento não só com recursos orçamentários e com projetos específicos, mas com a facilitação do acesso a esses recursos, que muitas vezes vem por sistemas como o Salic-Web, que são excludentes a essas populações.
Exigimos o fortalecimento dos grupos artísticos locais através do maior aporte dos recursos públicos para esses coletivos, da desburocratização para a utilização dos recursos do Fundo Estadual de Cultura, além da criação de um projeto de lei com orçamento direto para os festivais culturais realizados pelos povos indígenas.
A RBTR juntamente com a PUIPISÍ, exige o reconhecimento dos mestres indígenas com pertencimento da cultura e dos conhecimentos tradicionais, danças, músicas, rituais, crenças, mitos etc. através de recursos, de investimentos públicos, como o recente projeto aprovado: Lei dos Griôs.
O teatro de rua é símbolo de resistência artística, agente cultural, comunicador, gerador de sentido, propósito de novas razões do uso dos espaços públicos, assim reafirmamos o dia 27 de março, Dia Mundial do Teatro, Dia Nacional do Circo e Dia Nacional do Grafite, como o Dia de Mobilização e de Luta por Políticas Públicas para as Artes Públicas, e conclamamos os trabalhadores(as) das artes de rua e a população brasileira em geral, a lutarem pelo direito à cultura e ao digno direito de seu ofício.
Foi reafirmado pelo conjunto de articuladores(as) presentes que os próximos encontros da RBTR no primeiro e segundo semestre de 2014, serão sediados nas cidades de Londrina-PR e Rio de Janeiro, no Hotel da Loucura, Bairro Engenho de Dentro.

"PUIPISI ou saca-saia é uma formiga de mutirão, de odor ruim, que não vive só e que com seu bando, limpa a área, não deixando nada escondido, expulsando o que incomoda e mostrando tudo o que há por ali. Como disse o Cacique Yuqui, somos todas e todas Puipisis."


Ramal História Encantada, Rio Branco/Acre, 31 de agosto de 2013

Hoje a Pedalada Guapeca completa 1 ano!





Há exatamente 365 dias, o ator-palhaço Charles Augusto, iniciava a viagem de bicicleta mais longa e emocionante da vida dele. O caminho foi carinhosamente intitulado de “Pedalada Guapeca”. 


Foram mais de mil quilômetros percorridos durante dois meses. Circulou entre o Vale do Itajaí, Planalto Serrano e litoral catarinense. Esse circuito teatral independente – em cima de uma bicicleta – passou por um montão de cidades e realizou dezenas de apresentações com o palhaço Pacacoenco.

E tem NOVIDADE em primeira mão!!! Vamos viajar juntos com o Pacacoenco em cena. Pois a nova peça de Charles Augusto é inspirada na Pedalada Guapeca. O espetáculo tem pré-estreia marcada para o dia 4 de outubro. 

Fiquem ligados!





Figurino preparado para a primeira apresentação da pedalada Guapeca.



UM POUQUINHO DO QUE FOI A PEDALADA GUAPECA:


Um Yogue. Um Ciclista. Um palhaço.

Um rumo!
Em busca das minhas raízes. De compreender e conhecer minhas origens. O amor me move. O amor a minha vó. E aos antepassados dela. Assim como os de meus outros antepassados. Essa gente faz parte de um povo do qual eu também faço parte. Que povo é esse? É uma das perguntas que trago no meu coração.
O amor.
Ao teatro, ao circo e à música também move esta bicicleta. Na palhaçaria encontrei Uma convergência dos três. E na palhaçaria, me achei e me perdi como artista, e vou catando os pedaços deste quebra-cabeça que é a vida e a arte. Um quebra-cabeça sem peças fixas. Quando acho que encontrei a peça certa, aí então, as peças se modificam e se moldam em um novo contexto. E o que era já não é mais!
Um triângulo.
A primeira ponta é Itajaí cidade do Vale do Rio Itajaí-Açu. Ponto de Partida. Ao mesmo tempo é o último ponto. Na região da Foz do Rio Itajaí é onde moro atualmente, onde mora minha mãe, meu pai e meu irmão. E muitos amigos. E onde me formei como artista. A segunda ponta do triângulo também é a primeira e também a zero. É a região do Planalto Serrano. Região fria, mas, com muito calor humano. Onde eu nasci. Terra que criou minha mãe, meu pai, minha Avó paterna e avó/avô maternos.  A Terceira ponta, também é zero. E traz um gostinho de futuro! É onde nasceu meu avô paterno e onde tenho um pedaço de terra como “posse”, e que talvez um dia construa algo.
É isso!
O projeto consiste em completar um circuito que passa por algumas cidades/comunidades (Botuverá, Vidal Ramos, Molungu, Corticeira, Petrolândia, Lages, Painel, Urupema, Rio Rufino, Urubici, Grão Pará, Orleans, Jaguaruna, Laguna, Imbituba, Palhoça, Governador Celso Ramos, Bombinhas e Itajaí),  mais de 1500 km percorridos em cima de uma bicicleta. Em cada cidade acontece o espetáculo “Pacacoenco Quer Voar!” e/ou a aula-espetáculo “Um Vôo e só” ( Em Botuverá e no Molungu, apenas pousada, sem apresentação).  Além de um contato com o povo da cidade, suas belezas naturais e suas celebrações!
Até logo!


Um enorme abraço das restam ao Charles Augusto por essa conquista!

Carta aberta aos cidadãos de Florianópolis



Caros cidadãos,

No dia 09 de setembro o Conselho Municipal de Políticas Culturais de Florianópolis recebeu da Secretaria de Cultura desta cidade a notícia de que foi autorizado o repasse de R$ 600.000,00 reais para a abertura de editais do Fundo Municipal de Cultura de Florianópolis (FMCF). 

Este Fundo, editado pela primeira vez em 2012, é uma grande conquista para a cidade, pois fomenta, distribui e dá visibilidade à produção artística local, dá acesso aos cidadãos fruírem de bens culturais que muitas vezes não seriam realizados sem o repasse desta verba. Os projetos financiados pelo FMCF garantem que haja movimentação cultural o ano inteiro na cidade de Florianópolis, com atividades gratuitas e abertas a toda a população. São peças teatrais, espetáculos circenses e de dança, são mostras de artes visuais, são livros publicados, mediações de leitura, mostras de artesanato, folguedos populares, concertos musicais, cds gravados, ciclos de palestras, entre outras iniciativas que garantem que a cidade seja literalmente habitada por iniciativas culturais, em diferentes bairros. As atividades culturais não se constituem somente como geração de renda para os artistas, mas também como uma forma de vivenciar a cidade para além do trânsito e da praia, criando espaços de convivência qualificados através da arte. Em 2012 foram 70 projetos contemplados, com impacto em toda a cidade de Florianópolis.
A Lei 8478/10 que cria o Fundo é bastante clara em seu Artigo 4o: 
"Constitui receita do Fundo Municipal de Cultura de Florianópolis (FMCF): 
I - dotações orçamentárias que lhe sejam destinadas pela Prefeitura Municipal de Florianópolis, com os parâmetros mínimo de zero vírgula sete por cento e máximo de um por cento da previsão de receita anual do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN);"
Ainda que hajam outras, este item I é a principal origem dos recursos do FMCF. No ano de 2012, estes recursos somaram R$ 1.035.000,00. No ano de 2013, a previsão orçamentária para o Fundo era de R$ 1.265.000,00. 
Agora, um pouco de matemática básica: a tal previsão da receita anual do ISSQN está expressa no portal da transparência da Prefeitura de Florianópolis, qualquer cidadão pode acessá-la. Este valor é de R$ 199.708.834,00. Se considerarmos o mínimo da aplicação destes recursos no Fundo, que por lei é 0,7%, o valor destinado seria de, aproximadamente, R$ 1.400.000,00. Talvez não precisemos discutir aqui o conceito da palavra mínimo: não é o desejável, não é o ideal, é apenas o garantido, e garantido por lei. 
Pois bem, a previsão original já era R$ 135.000,00 abaixo do mínimo estabelecido por lei. Com a notícia de que o repasse será de R$ 600.000,00, estaremos aproximadamente R$ 800.000,00 abaixo do mínimo. Em termos percentuais, trata-se de uma redução de 57%.
Acrescente-se a isso o fato de que parte destes recursos está destinada a custos administrativos e projetos de interesse da Fundação Franklin Cascaes. O resumo da ópera é que apenas R$ 420.000,00 serão aplicados nos editais do Fundo. 
Várias perguntas surgem daí. A primeira delas poderia ser: para onde vão os demais recursos previstos no orçamento para o Fundo Municipal de Cultura? As demais perguntas deixaremos para a imaginação dos cidadãos. 
Os assinantes do repasse de R$ 600.000,00 reais para o Fundo Municipal de Cultura (nomeadamente, o Secretário Municipal de Previdência, o Secretário Municipal de Administração, o Secretário Municipal de Finanças e Planejamento, o Procurador Geral do Município e o Secretário Municipal de Cultura) estão, primeiro, agindo contrariamente a recomendações da Conferência Municipal de Cultura, que prevêm o repasse de 90% dos valores destinados ao Fundo para a realização de editais. Em segundo lugar, não estão cumprindo objetivos do Plano Municipal de Cultura, que é estabelecer e ampliar os mecanismos de financiamento público para a cultura. E, em terceiro lugar, mais grave, estão infringindo a lei que garante o mínimo de aplicação de recursos no Fundo.
Entendendo a importância econômica, política e cultural da realização de editais do FMCF, que, afinal, representam uma vitória da categoria artística da cidade, o Fórum Setorial Permanente de Artes Cênicas apresenta ao Conselho Municipal de Políticas Culturais de Florianópolis a proposta de que os R$ 420.000,00 sejam divididos em 420 mil prêmios de R$ 1,00. 
A Setorial de Artes Cênicas se compromete a retirar oficialmente esta proposta caso a lei seja cumprida e o montante total de R$ 1.400.000,00 seja prontamente destinado à abertura dos editais do Fundo.

Viva a arte!


Fórum Setorial Permanente de Teatro


Florianópolis, 19 de setembro de 2013

sábado, 17 de agosto de 2013

Fechando com chave de ouro

Finalizamos a circulação pelo Prêmio FUNARTE  de Teatro Myrian Muniz 2012 por Minas Gerais, Goiás e Brasília com uma belíssima apresentação na praça da Conic em Brasília. 

Estamos muito felizes com todas as apresentações da circulação, em especial com a do Distrito Federal que não estava prevista no projeto, mas que foi idealizada pelo grupo para ser uma apresentação extra e simbólica por estarmos na Capital Federal, celeiro das decisões politicas do pais. 

Com gratidão e leveza na alma partimos para a tão esperada férias de uma semana, pois dia 23 de agosto nós da RestaNóis segue para Rio Branco no Acre para participar na I Mostra Área Viva e XIII Encontro da Rede Brasileira de Teatro de Rua sediado pelo Grupo Experimental de Teatro de Rua e Floresta - VIVARTE.

Abraços de todas as que restam.

Apresentação em Brasília | 12/08 Praça da Conic | Click de Emanuele Mattiello

Apresentação em Brasília | 12/08 Praça da Conic | Click de Emanuele Mattiello

Grito de satisfação pelo trabalho cumprido | 12/08 Praça da Conic | Click de Bruno Borges

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Um pouquinho da emoção goiana


A RestaNóis finalizou a passagem por Goiás com muita alegria e satisfação. Com seis apresentações em seis diferentes cidades : Trindade, Goiânia, Anápolis, Inhumas, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.

Agradecemos a todas as secretárias e prefeituras e a todos (as) que de alguma forma nos ajudaram nessa trajetória, em especial o público que riu e chorou junto com a gente nesse encontro de realidade e fadas empunhando juntos as espadas por uma arte alvissareira.

Restou agora a saudade desse maravilhoso encontro.

Apresentação em Goiânia | 03/08 - Praça do Setor Faiçalville | Click de Emanuele Mattiello
 
Apresentação em Goiânia | 03/08 - Praça do Setor Faiçalville | Click de Emanuele Mattiello

Apresentação em Anápolis | 04/08 - Parque do Ipiranga | Click de Emanuele Mattiello

Apresentação em Anápolis | 04/08 - Parque do Ipiranga | Click de Emanuele Mattiello


Apresentação em Inhumas | 08/08 - Praça Belarmino Essado | Click de Emanuele Mattiello

Apresentação em Senador Canedo | 09/08 - Praça Criativa | Click de Emanuele Mattiello

Apresentação em Aparecida de Goiânia | 07/08 - Praça da Matriz | Click de Emanuele Mattiello

Apresentação em Trindade| 02/08 - Praça da Matriz | Click de Emanuele Mattiello

Apresentação em Trindade | 02/08 - Praça Criativa | Click de Emanuele Mattiello


quarta-feira, 31 de julho de 2013

Encerramos as apresentações em Minas Gerais

E hoje encerramos as apresentções do espetáculo Conto de Fadas no estado de Minas Gerias. O espetáculo passou por sete cidades mineiras com um total de nove apresentações, deixando alegria e levando saudade.
A todo o povo de minas um muito obrigada pela simpatia e receptividade, esperamos voltar logo a esse estado maravilhoso. Grande abraço grande das que restam!

Acompanhem pelas fotos um pouquinho do que foi a inesquecível experiência da circulação por Minas Gerais:


Apresentação em Araxa | 21.07 no Parque do Hotel - Click de Emanuele Marttiello


Apresentação na Ocupação Dandara | 28.07, Belo Horizonte - Click de Emanuele Marttiello
Apresentação em Sete Lagoas| 27.07 na Praça do CAT - Click de Emanuele Marttiello
Parte do público de Belo Horizonte | 26.07 na Praça Duque de Caxias - Click de Emanuele Marttiello
Mesmo quando a van quebra a gente não perde a animação!
Apresentação em Divinópolis | 31.07 na Praça da Catedral - Click de Emanuele Marttiello
Apresentação em Divinópolis | 31.07 na Praça da Catedral - Click de Emanuele Marttiello
Parte do público na apresentação em Divinópolis | 31.07 na Praça da Catedral - Click de Emanuele Marttiello
Apresentação em Araxa | 21.07 no Parque do Hotel - Click de Emanuele Marttiello



Apresentação em Uberlândia | 24.07 na UFU (Universidade Federal de Uberlândia) - Click de Emanuele Marttiello
Encontro com o grupo de teatro Araguari.
Apresentação em Araguari | 22.07 - Click de Emanuele Marttiello


Parte do público da apresentação na UFU | 24.07 - Click de Emanuele Marttiello